Touchless: tendência que veio com a pandemia e continuará em alta na saúde

A pandemia trouxe a necessidade de tecnologias para evitar contato que continuarão sendo necessárias para clínicas, hospitais e centros de diagnóstico.

Lavar as mãos frequentemente, higienizar as compras do supermercado, manter distância de outras pessoas. A pandemia da Covid 19 impôs novos hábitos em nome da saúde, e tudo indica que alguns deles vieram para ficar. Por isso, algumas tendências acabaram avançando mais do que outras.

Isso se reflete na crescente procura por tecnologias que permitam um atendimento touchless em todos os setores. Desde 2020, as buscas por assistentes de voz e ferramentas semelhantes, por conta da pandemia, tiveram um grande aumento.

Essa tendência foi um meio para auxiliar nas medidas de proteção que foram desenvolvidas no mundo todo, onde as recomendações foram de reduzir ao máximo os toques desnecessários em superfícies expostas a uma grande quantidade de pessoas.

Tecnologias touchless podem ser encontradas em robôs que fazem entregas de comida, cardápios virtuais em restaurantes, lojas que desenvolveram processos de digitalização dos seus showrooms, e até em automóveis e eletrodomésticos.

Na saúde, a telemedicina foi fortemente adotada e o número de teleconsultas deu um salto. Mas, para além da adoção da telessaúde, existem outras medidas que ajudam a reduzir o contato com superfícies potencialmente contaminadas que vieram para ficar no contexto pós pandemia.

Jornada touchless

Cada vez mais processos estão ganhando a possibilidade de serem realizados pela internet. Nas clínicas, há algum tempo já é possível encontrar soluções que, além de modernizar o atendimento, fazem com que os pacientes evitem tocar em superfícies expostas.

Além de agilizar o atendimento presencial em clínicas e hospitais, as formas de agendamento de pagamento online, web check-in, assinaturas digitais e portais de resultado também são formas de adequar clínicas na tendência touchless.

Com o agendamento e pagamento online, o paciente já elimina a etapa do pagamento com dinheiro ou cartão quando chega na clínica, além de poder inserir seus dados pessoais, pedido médico, guia de autorização de convênios, laudos anteriores, etc.

Após realizar o agendamento e pagamento, ele recebe o preparo necessário para o exame junto da confirmação de data e horário via e-mail ou aplicativo de mensagens. Posteriormente, ao chegar na clínica ou hospital, ele fornece todas as informações necessárias para a consulta ou procedimento pela internet utilizando o próprio celular, com o web check-in. Inclusive alguns setores, como companhias aéreas, já utilizam a modalidade de web check-in para evitar filas nos aeroportos.

Com um painel de senha sem ticket, onde são utilizados comandos de voz, o paciente pode ser informado via áudio qual guichê ou consultório é necessário comparecer.

As opções de assinatura digital ou virtual com certificação também são formas de reduzir o contato superfícies durante consultas os exames, no caso de termos de consentimentos, também evitam que o paciente precise ir até a unidade antes mesmo da data marcada e ainda garantem a segurança do procedimento.

O mesmo pode ser aplicado nas anamneses, que podem ser assinadas e preenchidas virtualmente via smartphones.

Por fim, os portais de resultados, já popularizados mesmo antes da pandemia, recursos para compartilhamento de exames completos — imagens, laudos e anexos — também são ótimos exemplos de como eliminar a impressão em papel ou película e ainda reduzir contatos e deslocamentos desnecessários.

Com eles os pacientes não precisam retornar até a clínica apenas para buscar seus resultados. Basta que acessem os portais presentes no site da clínica, aplicativos para smartphones ou até mesmo os links diretos compartilhados via e-mail. O compartilhamento com o médico solicitante também pode ser facilitado com o cadastro via portal.

Tendência de mercado

Tudo indica que o chamado “novo normal” continuará presente nas relações entre as pessoas. O consumidor também se transformou durante a pandemia: está mais conectado, mais tecnológico, com mais acesso a informações e exigindo uma personalização no seu atendimento, ainda que ele seja com empresas de saúde.

Diante disso, as clínicas precisam manter as opções que facilitaram a vida de seus pacientes durante a pandemia e tornaram suas visitas à unidades de saúde mais seguras e mais rápidas.